Custos com segurança impactam faturamento das empresas.
Busca por proteção eleva as despesas de estabelecimentos comerciais com vigilância e segurança eletrônica. Por outro lado, a demanda impulsiona as vendas de equipamentos de monitoramento O mercado de segurança eletrônica no Brasil está aquecido. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) mostram que, só no ano passado, a venda de equipamentos de monitoramento movimentou R$ 4,2 bilhões no País. A sensação de insegurança é uma das responsáveis por impulsionar a busca por proteção eletrônica. De acordo com o diretor da Abese, Oswaldo Oggian, as empresas planejam crescer, neste ano, 11%. A estimativa leva em conta o crescimento na procura por produtos e serviços de segurança eletrônica. A demanda em alta populariza os preços. Segundo Oggian, equipamentos como de videomonitoramento que, há cinco anos, chegavam a custar R$ 10 mil reais, hoje são comercializados por menos da metade do preço. “Todo mundo tem alguma coisa a ser protegida, desde um pequeno negócio até uma planta maior”, avalia. Ainda assim, quase 88% da demanda são de clientes corporativos. “A mesma tecnologia que você consegue colocar em uma indústria ou em um banco, você consegue colocar em um pequeno comércio ou em um imóvel residencial”, diz. Além de fornecer os serviços para a instalação de equipamentos de segurança eletrônica, muitas empresas têm aproveitado o crescimento do mercado para se especializar na locação de equipamentos. Segundo Mardonio William, diretor comercial, nesses casos os clientes arcam apenas com uma mensalidade e não têm custos com assistência técnica. “A gente percebeu que as grandes empresas não querem dar a manutenção. O que a gente faz é dar uma atenção redobrada”. Sul é a região com mais segurança Os moradores da região Nordeste apresentam o maior medo de serem assassinados, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa aponta que 85,8% da população da Região diz ter muito medo. Além disso, é também no Nordeste que há a menor média de gastos per capita com segurança pública, destacando, como exemplo, o Piauí, onde a média é de R$ 76. Ao contrário do Nordeste, a região Sul do País apresenta a menor incidência de medo. Cerca de 69% dos moradores disseram ter muito medo de ser assassinado. No Centro-Oeste, o percentual é de 75%. As populações das regiões Sudeste e Norte apresentam incidência semelhante, de 78,4%.
Fonte: Portal Jornal A Palavra.


